Da escalada: |
A PEDRA E O ACESSO A Pedra do Barro Preto é o símbolo da cidade de Itaguaçu, podendo, inclusive, ser avistada do centro da cidade pelos moradores, pois a mesma fica localizada a poucos minutos da sede do município (4,5 km). Vindo do centro da cidade e pegando a rodovia que liga Itaguaçu a Baixo Guandu (iniciando no posto de combustível Beira Rio) devem ser percorridos 3,0 km e em seguida pegar uma entrada asfaltada a esquerda, seguindo para o bairro Assentamento (não tem placa). Depois deve pegar a segunda a esquerda numa entrada de terra batida subindo, esse é o inicio da propriedade do Sr.º Chicão (1 km depois de sair da rodovia que liga Itaguaçu até Baixo Guandu). O Sr.º Chicão liberou o acesso e a escalada na pedra, não precisando pedir permissão para acessar. Entretanto, a casa do caseiro fica logo à direita no inicio da estrada de terra, valendo a pena fazer o aviso sobre a intenção de escalar a pedra e que deixará o carro na plantação de mamão logo a frente. Depois de sair do asfalto, passando pela casa do caseiro e por um grande lago, deve entrar a direita, subindo pela plantação de mamão, totalizando 1,5 km de estrada de chão. O carro fica na última estrada da plantação do lado esquerdo, não tem como errar, pois é o lado mais alto e próximo da pedra do Barro Preto. Do carro até a base da via são, aproximadamente, 10 minutos de caminhada tranquila, no entanto, morro acima. A dica é sair do carro e subir um pouco mais pela plantação de mamão (uns 100 metros) e depois entrar na mata e ir em direção ao local que começa a via. A base da via é limpa e tem um costão de pedra bem suave e arvores. Foi batida uma chapa, depois da conquista, nos primeiros metros da via para aumentar a proteção e facilitar a visualização, ela esta em torno de 15 metros da base. A ESCALADA A pedra tem varias agarras e, em algumas enfiadas, cristais! A segunda enfiada deve ser utilizada costuras longas, pois apresenta duas diagonais para a direita, sendo que a ultima proteção, antes da P2, deve ser costurada com uma fita bem longa (recomendo 1,20m) para reduzir o arraste. Essa ultima proteção foi instalada posterior à conquista, assegurando uma queda de quem vem de top, além de direcionar um possível rapel de fuga. A terceira enfiada ocorre numa linha reta e nela fica o crux da via, um lance bem protegido de IVsup feito em pequenas agarras – lance mais técnico. A quarta enfiada sai em diagonal e depois segue numa grande horizontal até a P4 que é uma parada natural em arvore no início da mata. Esse local é um ponto de descanso e escolha, pois na P4 e na P6 é possível sair da via e fazer o rapel alternativo para ir embora da montanha andando. A quinta enfiada inicia do lado direito da mata, alinhado com a parede e vai subindo um pequeno costão do lado da mata. A primeira chapa ficou um pouco escondida, na ocasião, estava atrás de uma bromélia. Na sétima enfiada ocorre a interseção da via com uma via inacabada dos antigos escaladores de Itaguaçu, por esse motivo e pela existência de varias arvores, não foi instalado proteções nesta enfiada, ficando um pouco exposta. Mas o lance é bem fácil e pode ser protegido naturalmente com fitas longas. O livro encontra-se na base da arvore a esquerda da parada da via. Recomenda-se subir a pé um pouco e ir contornando uma grande laje de pedra e mato pela esquerda do cume, pois é possível chegar, sem dificuldades, a um mirante grande, sombreado, com varias orquídeas ao redor e com a vista da cidade de Itaguaçu e da Pedra Paulista. Um visual e lugar que valem os 3 minutos a mais de caminhada pelo cume. O RAPEL Todas as paradas foram feitas com 1 grampo e 1 chapeleta com malha rápida. O rapel segue normalmente pela via até a P6 (3 rapeis), deste lugar deve ser realizado o rapel direto para a mata a direita da parada (ou esquerda de quem olha para baixo). Essa mata permite o acesso para o cume menor. Deste ponto em diante é só seguir pelo cume até o outro lado. A parada do rapel fica na direção do bairro Assentamento (lado oposto de onde se iniciou a escalada) e bem baixo na pedra, devendo descer um pouco para achar as chapas – tem uma fita azul abandonada na parada para chamar a atenção (tem que ficar ligado, pois pode demorar um pouco para achar). Este rapel de fuga tem uns 30/40 metros. O objetivo é chegar ao cafezal do lado direito e em seguida ir contornando até a frente da pedra, onde o carro foi deixado. A partir do rapel, deve descer o costão até encontrar uma mata de fácil acesso do lado direito, atravessando a mata se encontra o cafezal. E possível combinar, com antecedência, um resgate no cafezal com o Johny Pagel (27 99975-8629) ou Antônio Padoani (27 99767-5150), ambos são conquistadores da via e escaladores locais. Isso ajuda muito e economiza uma boa energia, além de poder rolar uma água gelada ou até mesmo uma cerveja no momento do resgate.
Vale a pena passar uma noite em Itaguaçu, para isso recomendo a Pousada Recanto da Pedra, lugar simples e que fica nos pés da pedra dos cinco pontões. Neste lugar é possível combinar camping, almoço, jantar e/ou sistema cama/café. A pousada é do Antônio Padoani e da esposa Luzia Arnholz (27 99767-5150).
FIGURA 1: Trecho de aproximação e escalada;
FIGURA 2: Trecho entre a P6 e P7, além da indicação do rapel de fuga alternativo da montanha a partir da P6;
FIGURA 3: Imagem da montanha durante a aproximação de carro;
FIGURA 4: Imagem dos Conquistadores durante o último dia de Conquista;
FIGURA 5: Trecho final da 6ª enfiada;
FIGURA 6: Conquistadores no cume da montanha (mirante de Itaguaçu);
FIGURA 7: Livro de cume;
FIGURA 8: Croqui da via.
|