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| Graduação: |
3º IVSup E2 D1 |
| Tamanho: |
400m |
| Nº de enfiadas: |
7 |
| Material necessário: |
2 cordas de 60m
03 costuras e paradas
Friends #2, #3 e #4 são opcionais |
| Data da conquista: |
24/Out/2023
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| Conquistadores: |
Caio Salomão Amador
(aFeto)
Tel.27/88394135
José Augusto Brunoro Costa
(Brunoro)
Tel.27/998011945
Roney Celin Magri
(DuNada)
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| Da escalada: |
A Pedra Tombada é também conhecida por Pedra da Carneira por se situar na Comunidade de Carneira, no distrito de Rive, no município de Alegre, ES. Ela é vista da rodovia ES-482, em Jerônimo Monteiro, mas o acesso para a conquista foi feito pelo distrito de Burarama, em Cachoeiro de Itapemirim.
Tudo começou em outubro de 2023, com uma ligação do Caio Afeto para mais uma aventura de conquistar uma parede de onde ele seria o primeiro a saltar de paraquedas. Aquele seria, e foi, seu salto número 94, contando apenas diferentes pontos fixos. E Dunada não poderia estar de fora dessa maravilhosa roubada.
Eu já tinha me encantado por essa pedra quando a vi pelo retrovisor, já chegando em Jerônimo Monteiro, vindo de Burarama com Zudivan. É claro que Zudi topou voltar e passamos por Monte Cristo, onde compramos uma garrafa de pinga com esse nome. Depois passamos por um haras e seguimos de 4x4 até o Zudi falar que não dava mais. Estávamos próximo da pedra, mas por baixo.
A ideia do Caio era ir por cima, onde se chega de carro (4x4) ainda mais perto da pedra. Daí a opção de passar por Burarama, Furquilha, Fazenda da Mata e seguir no sentido Anutiba, em vez de entrar para a pedra da Caveira D’Anta. Seguimos de carro até onde a estrada acabou, num velho curral. Dali a aproximação não amedronta. É só subir uns 300 m de pasto.
Depois de meia hora procurando uma melhor linha para conquistar a pedra iniciamos a escalada num trepa mato até a altura de uns 150 m, fazendo paradas naturais. Aí o Caio disse que só tinha seis chapeletas para fazer a conquista. Era preciso economizar nas proteções e designou Dunada para a primeira enfiada. Dunada escalou uns 15 m em aderência e ligou a furadeira, fixando a primeira chapeleta. Caio não se conteve e berrou: desce dai Dunada. Você vai acabar com as proteções na primeira enfiada. Isso mexeu no brio do conquistador que disparou em livre para cima até fixar a primeira parada. A segunda enfiada o Caio fez sem nenhuma proteção fixa intermediária e Dunada acompanhou o ritmo da conquista. Na penúltima enfiada eu vi um desvio óbvio para a direita para evitar um crux, mas quem guiava era o Caio e ele não descartou o gostinho de passar reto por um quinto grau, depois rebaixado para IV sup. A última enfiada ficou curta, com 25 m. Dali ao cume abrimos uma trilha de uns 100 m pela capoeira.
Já no cume não vimos nenhum vestígio de que algum humano tenha chegado antes de nós. Acreditamos que tenhamos sido os primeiros a fazer cume. E certamente o Caio foi o primeiro a saltar de paraquedas dali. E eu e Dunada os primeiros a rapelar dali. Para fazer o rapel é possível descer, sem dificuldade, até a parada fixa. Alternativamente, pode-se fazer um primeiro rapel usando parada natural.
Uma das dificuldades numa conquista é dar nome à via. E como tínhamos tempo para pensar durante o retorno decidimos homenagear nosso amigo Caio com o nome via Salto 94. Ele com sua modéstia discordou, mas foi voto vencido.
Quase um ano depois, em setembro de 2024 eu e Dunada, com mais três escaladores, voltamos à Pedra Tombada para colocar mais umas proteções fixas e acrescentar duas enfiadas no início da via para evitar o trepa mato. Feito o rascunho do croqui, Naoki Arima se prontificou a transformá-lo num croqui padrão japonês.
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